Se não falas,
vou encher o meu coração do teu silêncio
e guardá-lo comigo.
E vou esperar imóvel,
como a noite, sentinela estrelada,
cabeça pacientemente inclinada.
A manhã há de chegar com certeza
e a sombra há de desvanecer-se.
E a tua voz se há de derramar
por todo o céu
em arroios de ouro.
E as tuas palavras hão de voar
cantando
de cada um dos meus ninhos.
E as tuas melodias hão de rebentar em flores
por entre as minhas profusas ramagens.
R. Tagore
Extraído de Larrañaga, Inácio. Mostra-me o teu rosto: caminho para a intimidade com Deus. 29 ed. São Paulo: Paulinas, 2011, p. 7.
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