Não é o desejo profundo de nosso espírito experimentar a comunhão com Deus?
Três séculos após Cristo, Agostinho, um crente africano, escreveu: 'O anseio por Deus já é oração. Se quiser orar sem parar, jamais pare de ansiar...'
A simplicidade no coração nos leva à oração contemplativa. Nela, podemos nos entregar totalmente a Deus, nos deixar levar até Ele.
Esse caminho de entrega a Deus pode ser apoiado por cânticos simples; retomados repetidamente, podem ser uma ajuda, por exemplo: Mon âme se repose em paix sur Dieu seul. (Só em Deus descansa em paz a minha alma.) Quando trabalhamos e quando descansamos, esses cânticos ressoam em nosso coração.
Quando vivemos nessa comunhão, Deus, que permanece invisível, não necessariamente nos fala com palavras humanas. Ele fala conosco principalmente através de inspirações silenciosas.
O silêncio da oração parece não ter importância alguma. Mas é no silêncio que o Espírito Santo nos torna capaz de receber a alegria divina; Ele toca o fundo da alma".
Grün, Anselm. Abrir a janela da alma. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017, p.129-130.
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