sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Diário de Oração de John Baillie


Quinto dia
Noite

"Todo poderoso Deus, nesta hora de quietude, procuro ter comunhão contigo.
Agora me liberto das contrariedades e agitações das atividades deste dia, dos ruídos dissonantes do mundo, dos elogios e das acusações dos homens, dos pensamentos confusos e da imaginação vã do meu próprio coração e busco a quietude da tua presença.
Em tranquilidade de coração e à clara luz da tua eternidade quero agora pensar no padrão que minha vida está traçando.
Que eu sinta agora, ó Deus, mais intensamente, o teu poder e a tua glória de modo que eu possa ver todas as coisas terrenas na sua verdadeira dimensão.
Não seja eu ignorante deste grande fato: que um dia para ti é como mil anos e mil anos como um dia.
Dá-me, agora, Senhor, tal entendimento da tua perfeita santidade que desapareça de mim todo o orgulho das minhas próprias realizações.
Concede-me, agora, uma visão tal de tua beleza eterna que eu fique insatisfeito com as belezas fugazes deste mundo.
Embora terra e homem passem, e o sol e universo cessem,
E tua apenas fique sozinho, toda existência viveria em ti.
Sinto-me feliz, ó Pai, em deixar minha vida nas tuas mãos, crendo que até os cabelos da minha cabeça são por ti contados.
Apraz-me ceder a minha vontade ao teu controle, crendo que posso achar em ti uma justiça que não conseguiria nunca por mim mesmo.
Alegro-me em deixar todos os meus queridos aos teus cuidados, crendo que tu os amas com maior amor do que eu próprio os amo.
Estou contente por deixar em tuas mãos as causas da verdade, da justiça e a vinda do teu reino ao coração dos homens.
Reconheço que todo o fervor que sinto por essas causas é apenas uma fraca sombra do teu propósito. A ti, ó Deus, seja a glória para sempre. 
Amém".



Foto da Capela da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Campinas


terça-feira, 25 de setembro de 2018

Anseios, dores e sofrimentos

Descobri que Deus era um lugar forte a que eu podia ir quando a sensação de estar perdida parecia opressiva demais... percebi que Deus é a única coisa que nunca me poderá  ser tirada, a única coisa que não muda. Esse entendimento  tornou-se o centro de quem eu sou.

Em João 16, lemos sobre Jesus  levando seus discípulos a uma conscientização  cada vez maior de sua morte iminente. Não era assim que eles tinham imaginado o fim daquilo tudo.

"Pois chegou a hora de vocês todos serem espalhados, cada um para a sua casa; e assim vão me deixar sozinho. Mas eu não estou só, pois o Pai está comigoEu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo" (1)

Meu Pai está comigo. Eis o que o lugar solitário pode nos ensinar, se o permitirmos. Eis o que podemos experimentar em nossos anseios, dores e sofrimentos se não fugirmos deles.

Todos necessitamos ouvir a voz de Deus. 
Permaneça tempo suficiente na solidão e descobrirá que o silêncio de Deus se transforma em sussurro, e o sussurro, logo na voz que você reconhece.

Imagine-se com um carrinho de mão cheio de todos os seus anseios, dores e sofrimentos. Você pode se sentir tentado a empurrá-lo para todo lado, em direção a qualquer um ou qualquer coisa que os faça silenciar. Satisfeito por ora, você segue em frente, alheio ao fato de que continua empurrando um carrinho de mão por toda parte.
Contudo, o que aconteceria se levássemos nossos carrinhos de mão a Deus? Se empurrássemos a carga da insatisfação direto para o coração daquele que sabe como de fato somos? Se agíssemos assim, Deus poderia começar a construir um núcleo no nosso centro, um âmago feito inteiramente dele.    
Quanto mais empurrarmos nosso carrinho de mão rumo ao centro de nós mesmos, onde Deus vive, mais familiar o caminho se tornará. Ficará mais fácil encontrá-lo quanto maior for o número de vezes que o usarmos. Se dermos permissão a Deus para construir nosso núcleo em torno dele, esse núcleo se tornará nossa identidade em cristo. E de repente, pelo menos por ora, deixarão de existir carrinhos de mão.


Henri Nouwen escreveu que nada temos a oferecer aos outros se não sabemos que somos amados por Deus. De todos os lugares a que amos em busca de amor, os nossos anseios, dores e sofrimentos são os mais poderosos e convincentes. Se tivermos a coragem de chegar a esses lugares e ali vivermos de maneira saudável, com certeza descobriremos que nos espera a cura.


(1)  João 16:32-33 - NTLH.

Adaptado de Ortberg, Nancy. Em busca de Deus: uma surpreendente jornada em meio a tatuagens, pronomes e tofu. São Paulo: Editora vida, 2011, p. 144-154.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Como estar presente no presente

Como viver plenamente em cada hora como se fosse a última?
Com muita frequência perdemos o gozo do presente por estar ruminando sobre o passado, ou prevendo problemas e alegrias do futuro. 
Precisamos aprender a estar completamente   presente no presente. Perdemos muito do que Deus tem a oferecer em cada momento porque nos distraímos com o que poderia ter sido no passado ou correndo à frente para o que poderá acontecer no futuro. 
Muitas vezes deixamos uma parte de nossa mente em algum outro lugar quando nos encontramos com as pessoas.
Fazemos o mesmo com Deus. É um dos motivos pelos quais nossas orações não são eficazes. Não estamos presentes enquanto oramos. Nossa mente divaga sobre alguma situação ou tensão não resolvida e de súbito despertamos para o fato de que estivemos falando com Deus usando frases familiares e corriqueiras enquanto a pessoas real em nós se encontrava fora lutando com alguma frustração ou sendo excitada por alguma fantasia. 
O problema torna-se ainda mais sério quando pensamos na oração como uma conversa que dá fluxo à consciência  através de todos os desafio, relacionamentos e oportunidades do dia. Devemos estar completamente cônscios do que Deus está tentando dizer e operar mediante nós a cada instante.
Devemos viver ao máximo todas as horas (1 João 2:28-29). O intervalo entre o agora e o final de nossa vida pode ser cheio de comunhão de momento a momento. 
A confiança (1) substitui uma consciência de culpa. 
A entrega do futuro é a chave da libertação do presente; podemos deixar o desenvolvimento futuro de nossos planos com Deus. 
Sem preocupar-nos com o que será, seremos liberados para desfrutar tudo o que nos é disponível no presente momento.
A vida toda torna-se uma sucessão de horas santas porque nossas horas estão nas mãos de Deus, que conhece o fim desde o começo. 

Leitura: 1 João 2:18

(1)  Confiança no perdão de tudo que é passado capacita-nos a estar livres para viver sem culpa ou remorso na hora presente.

Adaptado de Ogilvie, Lloyd John. Quando Deus pensou em você. São Paulo: Editora Vida, 1983, p. 45-49.

domingo, 23 de setembro de 2018

Como sobreviver num mundo como este

Um dos desafios mais difíceis para o discípulo de Cristo é viver no mundo sem permitir que o mundo habite nele. Como podemos permanecer em união vital com Cristo e ainda estar sob as pressões do mundo? O mundo tem seu próprio sistema de valores, sua ideia de sucesso e suas tentações sedutoras. 
Segundo o conselho de Dietrich Bonhoeffer, devíamos descobrir um mundanismo santo(1) : devíamos viver no mundo mas como pessoas chamadas por Deus e cheias do Espírito. 
A pergunta é como podemos permitir que o mundo interior de nosso relacionamento com Cristo dirija nossa atividade no mundo exterior?
A maneira pela qual Deus amou o mundo (2) é o modo pelo qual devemos viver no mundo como discípulos. Ele amou com independência e liberdade.  Em ponto algum Jesus aderiu ao sistema de valores, à religião distorcida ou ao materialismo competitivo de seu tempo. Ele veio chamar e reconciliar o mundo com Deus: chamar uma nova criação e liberar as pessoas a fim de buscarem primeiro o reino de Deus no mundo. esse reino é a regra de Deus nos corações das pessoas, entre elas e seus relacionamentos, e em suas responsabilidades para com a sociedade. Ele disse que o reino se encontra dentro de nós, entre nós e em poder total no mundo.
Nosso amor e lealdade supremos são para Deus. Então podemos amar o mundo criativamente sem necessitarmos de seus louvores ou de sua riqueza. Quando amamos o mundo como Deus o amou em Cristo, recebemos ordens de cuidar das pessoas e introduzi-las à vida como esta devia ser em Cristo. Nossa perspectiva e ambições mudam. 
O único aspecto eterno de nossa vida é a alma. Nosso modo de viver no mundo agora determina como e onde passaremos a eternidade.



(1) Por mundanismo santo, Bonhoeffer quis dizer viver sem reservas nos deveres, problemas, sucessos e fracassos, experiências e perplexidades da vida. Ao fazer assim lançamo-nos sem reservas nos braços de Deus.
(2)   João 3:16-17

Adaptado de Ogilvie, Lloyd John. Quando Deus pensou em você. São Paulo: Editora Vida, 1983, p. 37-43.

Fases da vida...

...todos nós passamos por elas.

Não é fácil poder desfrutar da fase da vida na qual nos encontramos. Grande parte da vida é vivida em antecipação da fase seguinte. Infância, juventude, idade adulta...
Lembra-se de quando você experimentou, pela primeira vez, a alegria de se apaixonar por Jesus Cristo?  
A entrega despreocupada e ousada de seguir a Cristo a qualquer preço deve ser a experiência cristã de todos os dias até morrermos. Há uma qualidade de discipulado que leva o Mestre a sério.
O desafio é conservar unidas a alegria de tornar-se cristão, a ousadia de crescer em Cristo e a profundeza experiente de uma personalidade madura sob o controle de Cristo.
O desejo vigilante de ser completamente uma pessoa de Cristo capacita-nos a passar pelo período terapêutico e recompensador do crescimento cristão. Nossas personalidades devem ser reformadas. Padrões 'tóxicos' de hábito devem desaparecer.
Maturidade em Cristo é tornar-se igual a Cristo em pensamento, ação e reação.
A vida cristã é um começo constante, sempre venturosa, para sempre segura. Compete a cada um de nós decidir onde nos encontramos nela. Se pudermos nunca perder a alegria inicial, e sempre conservar o discipulado ousado, e tornar-nos mais maduros todos os dias que tivermos o privilégio de viver, teremos a vida abundante que Cristo viveu, e pela qual morreu e agora se encontra conosco a fim de torná-la o máximo.
A nova vida em Cristo será emocionante o tempo todo se o colocarmos em primeiro lugar em nossas vidas.

Leitura: 1 João 2:12-14

Adaptado de Ogilvie, Lloyd John. Quando Deus pensou em você. São Paulo: Editora Vida, 1983, p. 31-36. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O que você tem feito ultimamente?



"Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos" (1). Nunca ultrapassamos o mandamento. Ele se torna novo toda vez que permitimos que seu prumo desafiador caia em nossos relacionamentos.
 
A vida cristã é um milhão de novos começos instigados pelo desafio sempre novo de amar aos outros como Cristo nos amou. É verdade reorientadora em meio ao conflito. É nosso mandato quando lidamos com pessoas difíceis e impossíveis. 

Jesus praticou o mandamento. Ele redefiniu o significado de próximo como de todo o povo de Deus e esclareceu amor como não conhecendo limites. 

É na prática do amor de alto preço que o mandamento se torna novo outra vez. As palavras de Jesus ecoam: "Ama com o mesmo amor que eu te amei." O que o Senhor coloca em nossos corações é a necessidade de nos  tornarmos as pessoas que são capazes de retribuir ódio com amor em vez de ódio com ódio.


Leitura: 1 João 2:7-11

(1) João 13: 34-35 - NTLH.

Adaptado de Ogilvie, Lloyd John. Quando Deus pensou em você. São Paulo: Editora Vida, 1983, p. 25-30.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Somos chamados...

Somos chamados a dar mais de nós mesmos aos outros do que esperamos ou exigimos deles. 

"Quem diz que vive unido com Deus deve viver como Jesus Cristo viveu." (1)
Ao fazermos o balanço da vida de Jesus vemos que ele veio como a dádiva de Deus; ele deu-se a si mesmo; investiu toda a sua vida em você e em mim. Sua única resposta foi o amor.
A cruz é o sinal de mais contra os débitos de nossos pecados deliberados. Tudo o que temos para oferecer-lhe são os nossos fracassos e rebeldia. Ele fez muito mais do que merecemos ou jamais poderíamos ganhar. Escreveu com seu sangue: "Pago!".
Nada que fizemos ou fazemos condiciona sua presença consoladora. Ele vem a nós, fica conosco, intercede por nós, absolve-nos e nos purifica. 

  Como podemos ver se aceitamos tal fato e ter a certeza de que pertencemos a ele? Estamos realmente procurando fazer o que ele quer que façamos? A implicação do que Cristo nos manda fazer é obediência (2). Devemos dar o primeiro passo, permanecer ao lado das pessoas, tomar seus casos em nosso coração e em oração interceder por elas.
 O desafio é aproximar-se das pessoas; orar por elas e mostrar como elas podem viver mais perto de Cristo.

Leitura: 1 João 2:1-6
 
(1) 1João 2:6 - NTLH
(2) 1João 2:3-5 - NTLH  

Adaptado de Ogilvie, Lloyd John. Quando Deus pensou em você. São Paulo: Editora Vida, 1983, p.21-24. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Recobrando a intimidade


Quais são os sinais identificáveis de que estamos realizando o propósito para o qual nascemos?

Fomos criados para um relacionamento íntimo com Deus e uns com os outros (1). 
Intimidade. É um relacionamento pessoal. Vem do interior.  Significa encontro intrínseco, que revela e relata a natureza essencial e o ser interior de duas pessoas. O intrincado eu encontra-se com o você real.
Por amar sem reservas Deus se ofereceu a si mesmo. "A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens" (2). O propósito de tudo foi comunhão com Deus e uma nova qualidade de comunhão entre aqueles sobre quem a luz brilhou.
A intimidade está arraigada na honestidade. É a exposição de nosso ser interior à luz perscrutadora (3) da verdade de Deus. Deus conhece-nos por inteiro. Então por que tentar esconder o que somos ou o que temos feito? Pensamos que ele nos amará somente se formos bons. Quando somos menos que bons, o que acontece a maior parte do tempo, fingimos ser o que não somos.
Honestidade com Deus significa constantemente convidá-lo para tomar conta de todos os nossos relacionamentos e responsabilidades. 
Andar na luz capacita-nos a ser vulneráveis com os outros a respeito do que descobrimos e estamos experimentando da aceitação de nosso Senhor. Quando temos de apresentar uma imagem de perfeição, negamos a cruz e tornamos a comunhão uma impossibilidade.
Nosso anseio de intimidade pode ser satisfeito. Ele começa em Deus e permeará toda a vida. 

"Senhor, se tu me conheces como sou, ajuda-me a ser o que queres que eu seja."


Leitura: 1 João 1:5-10

(1) 1 João 1:5-10 
(2) João 1:4 ARA 
(3) Aquela que avalia de maneira minuciosa, investigadora. Aquela que procura saber, sonda informações. 

Adaptado de Ogilvie, Lloyd John. Quando Deus pensou em você. São Paulo: Editora Vida, 1983, p. 13-20.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Desejo que...

"Desejo que sua vida seja tão linda como o foi na mente de Deus quando ele pensou em você pela primeira vez!"

Ao meditar nessas palavras, que penetraram minha mente e alcançaram as profundezas do meu coração, tentei imaginar a vida como Deus a pretendia.  
"Senhor, como era eu quando, pela primeira vez, pensaste em mim? Que querias que fosse minha vida, toda minha existência humana?"
A pergunta ecoou.   
Silêncio. 
Nenhuma resposta.  
Mas eu não estava só. A resposta de Deus à minha oração era ele próprio!
O foco era o próprio Cristo. Propósito e poder em uma Pessoa. O segredo de ser tudo o que eu devia ser quando ele, pela primeira vez, pensou em mim , era a comunhão com ele. Quanto mais ele  se tornasse a força centralizadora de meu pensamento e sentimentos, tanto mais eu me tornaria como ele em ação e reação. 
Meu problema não eram o horário, as pressões da vida nem as pessoas ao meu redor. Eu era o problema! Eu havia saído do centro. 
Cristo  é o Deus que cria e comunica (1). É o Deus encarnado, que revelou nossa aparência na mente de Deus quando, pela primeira vez, ele  pensou em você e em mim.
Um relacionamento pessoal com Cristo ajuda-nos a ver tanto nossa distorção de seus intentos como o que devemos vir a ser. Intimidade com Cristo é a inspiração e motivo de nosso viver.
Mais do que um exemplo de vida, temos o Capacitador da Vida que pode reproduzir a si mesmo em nós.



Leitura: 1 João1:1-4

(1)  João 1: 1-3 - "1No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. 2Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. 3Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela." 

Adaptado de Ogilvie, Lloyd John. Quando Deus pensou em você. São Paulo: Editora Vida, 1983, p.7-11.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Mateus 6: 9-13

Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’.

Mateus 6:9-139Portanto, orem assim:
“Pai nosso, que estás no céu,
que todos reconheçam
que o teu nome é santo.
10 Venha o teu Reino.
Que a tua vontade seja feita aqui na terra
como é feita no céu!
11 Dá-nos hoje o alimento que precisamos.
12 Perdoa as nossas ofensas
como também nós perdoamos
as pessoas que nos ofenderam.
13 E não deixes que sejamos tentados,
mas livra-nos do mal.
[Pois teu é o Reino, o poder e a glória,
para sempre. Amém!]”
 9 Portanto, orem assim:
“Pai nosso, que estás no céu,
que todos reconheçam
que o teu nome é santo.
10 Venha o teu Reino.
Que a tua vontade seja feita aqui na terra
como é feita no céu!
11 Dá-nos hoje o alimento que precisamos.
12 Perdoa as nossas ofensas
como também nós perdoamos
as pessoas que nos ofenderam.
13 E não deixes que sejamos tentados,
mas livra-nos do mal.
[Pois teu é o Reino, o poder e a glória,
para sempre. Amém!]”
Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’.

Mateus 6:9-13
Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’.

Mateus 6:9-13



Quem é o nosso Pai?
É Deus.Ele criou tudo o que existe (Gênesis 1:1-2:4). Ele é o Todo-poderoso, o nosso Pai. E nós podemos ser seus filhos e filhas. Ele nos ama!
Jesus nos ensinou a falar diretamente com Deus. Não precisamos de intermediários. Deus ouve nossas orações. Mas devemos orar com respeito, pedindo que Deus seja glorificado até em nossas orações. Devemos pronunciar seu nome com respeito, louvor e adoração, pois não temos como avaliar o seu amor por nós. 
Deus é o rei do céu e da terra. O mundo inteiro faz parte do seu reino. E devemos viver de acordo com sua vontade, pois Ele sabe melhor do que todos o que é bom e acertado para nós. Quantas vezes a oração cai em chantagem e exigência! Deus, eu quero isto, senão eu deixo de amar você - isso não é oração. A vontade de Deus é mais importante que nossa vontade. Quando oramos, devemos começar por submeter nossa vontade à vontade de Deus.
Deus conhece nossas necessidades melhor que nós próprios e não se esquece de nada. Nossa vida, nosso sustento depende de Deus. Quando reconhecemos isso e oramos confiando em Deus, Ele nos dá o sustento que precisamos, mesmo quando parece impossível.
Apesar de sermos filhos de Deus, nem sempre somos obedientes.  Fazemos coisas ruins, que não agradam a Deus - são nossas dívidas. Mas Deus deseja perdoar toda a nossa maldade e nos desafia a perdoarmos aquelas pessoas que nos fizeram alguma coisa mal. Por isso, uma parte importante da oração é pedir e oferecer perdão. Devemos ser humildes para reconhecer nossos erros e pedir perdão a Deus. Mas também devemos perdoar quem pecou contra nós. Quando entendemos que Deus nos perdoa quando não merecemos, devemos fazer o mesmo com outras pessoas que não merecem.
Precisamos nos esforçar para sermos obedientes e viver a sua vontade.
Tudo provém de Deus! Deus não nos livra de todas as dificuldades mas ele nos ajuda a ficar firmes na luta contra o pecado. De uma coisa podemos ter certeza: Deus nunca nos deixará sozinhos. Quando estamos lutando contra tentações, podemos pedir a força de Deus para fazer o que é certo. Deus é mais forte que o pecado. Quando vencemos o pecado, mostramos a glória do Reino de Deus.
A oração do Pai Nosso é a melhor e mais bela oração que temos. Também é a mais conhecida da Bíblia, pois foi ensinada aos discípulos por Jesus. Nela encontramos elementos fundamentais do cristianismo:
  • adoração (santificado seja o Teu nome);
  • submissão (seja feita a Tua vontade);
  • pedido de provisão (dá-nos hoje o nosso pão de cada dia);
  • pedido de perdão (perdoa as nossas dívidas);
  • liberação de perdão (assim como perdoamos aos nossos devedores);
  • pedido de proteção (e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal).

Vries, Anne de. O Pai nosso. São Leopoldo,RS. Ed. Sinodal, 1992.
https://www.bibliaon.com/oracao_do_pai_nosso/

terça-feira, 11 de setembro de 2018

No sentido de Cristo - Martin Gutl

Martin Gutl  (1942-1994) foi um padre austríaco que publicou numerosos livros de textos de oração e meditação.


As preocupações e pensamentos obscuros
tendem a se
espalhar na alma.
Pense no sentido de Cristo!
Pense naquele que curou!
Pense naquele que purificou os leprosos
e podia transformar os pecadores e publicanos!
Pense no sentido de Cristo!
Pense naquele que multiplicou os pães
e na Ceia do Senhor serviu a si próprio!
Pense no sentido de Cristo!
Ele está com você!

Pense no sentido de Cristo!
Pergunte-o sobre todas, até as menores coisas do seu dia a dia.
Ele pode lhe mostrar uma solução,
desconhecida e surpreendente.
Milhões de pessoas comprovam isso.

Pense no sentido de Cristo
e não permaneça nas entranhas
das suas dúvidas!
Pense no sentido de Cristo!
Comece a orar:
"Senhor Jesus Cristo,
Filho do Deus vivo,
tende piedade de mim!"
Pense no sentido de Cristo!
Reze a oração do coração muitas e muitas vezes,
e a neblina
que encobre a sua consciência
se dissolverá. 




Grün, Anselm. Abrir a janela da alma. Petrópolis,RJ: Vozes, 2017, p.142. 

Pintura de Sieger Köder- A última ceia




 

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

“Noite escura” - poema

“A noite escura da alma” é um poema do frade carmelita João da Cruz, escrito no século XVI.
O poema narra a jornada da alma desde a sua morada carnal até a união com Deus. A jornada é referida como “Noite Escura”, pois a escuridão representa as dificuldades da alma em desapegar-se do mundo e atingir a luz da união com o Criador. Há vários níveis nesta escuridão atados em sucessivos estágios. A ideia principal do poema pode ser vista como sendo a dolorosa experiência que as pessoas têm de suportar ao buscar crescimento espiritual e a união com Deus. 


Canções da Alma

I. 

Em uma noite escura,
De amor em vivas ânsias inflamada
Oh! ditosa (1) ventura (2)!
Saí sem ser notada,
Já minha casa estando sossegada.


II. 

Na escuridão, segura,
Pela secreta escada, disfarçada,
Oh! ditosa ventura!
Na escuridão, velada,
Já minha casa estando sossegada.


III. 

Em noite tão ditosa,
E num segredo em que ninguém me via,
Nem eu olhava coisa, 

Sem outra luz nem guia
Além da que no coração me ardia.


IV. 

Essa luz me guiava,
Com mais clareza que a do meio-dia
Aonde me esperava
Quem eu bem conhecia,
Em sítio (3) onde ninguém aparecia.


V. 

Oh! noite que me guiaste,
Oh! noite mais amável que a alvorada
Oh! noite que juntaste
Amado com amada,
Amada já no Amado transformada!


VI. 

Em meu peito florido
Que, inteiro, para Ele só guardava
Quedou-se adormecido,
E eu, terna, O regalava,
E dos cedros o leque O refrescava.


VII. 

Da ameia (4) a brisa amena,
Quando eu os seus cabelos afagava
Com sua mão serena
Em meu colo soprava,
E meus sentidos todos transportava.


VIII. 

Esquecida, quedei-me,
O rosto reclinado sobre o Amado;
Tudo cessou. Deixei-me,
Largando meu cuidado
Por entre as açucenas (5) olvidado (6).



(1) O mesmo que: abençoada, bendita, venturosa. 
(2) Destino (bom ou ruim); sorte: possui a boa ventura de ser feliz.
(3) Local, localidade, povoação, aldeia. 
(4) Cada um dos pequenos parapeitos denteados que guarnecem o alto das torres, fortificações ou castelos e que protegem os atiradores.
(5) As açucenas, também conhecidas como amarílis, são plantas perenes com grandes flores vistosas, originárias do Mediterrâneo.
(6)  O mesmo que: deslembrado, escapado, esquecido.

Filme sobre João da Cruz:  https://www.youtube.com/watch?v=UKt-LDFz7W0

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Sobre oração - Irmão Roger

"Não fiquemos parados quando a nossa oração pessoal parecer pobre, e as nossas palavras, confusas.

Não é o desejo profundo de nosso espírito experimentar a comunhão com Deus?

Três séculos após Cristo, Agostinho, um crente africano, escreveu: 'O anseio por Deus já é oração. Se quiser orar sem parar, jamais pare de ansiar...'

A simplicidade no coração nos leva à oração contemplativa. Nela, podemos nos entregar totalmente a Deus, nos deixar levar até Ele.

Esse caminho de entrega a Deus pode ser apoiado por cânticos simples; retomados repetidamente, podem ser uma ajuda, por exemplo: Mon âme se repose em paix sur Dieu seul. (Só em Deus descansa em paz a minha alma.) Quando trabalhamos e quando descansamos, esses cânticos ressoam em nosso coração.

Quando vivemos nessa comunhão, Deus, que permanece invisível, não necessariamente nos fala com palavras humanas. Ele fala conosco principalmente através de inspirações silenciosas.

O silêncio da oração parece não ter importância alguma. Mas é no silêncio que o Espírito Santo nos torna capaz de receber a alegria divina; Ele toca o fundo da alma".

Grün, Anselm. Abrir a janela da alma. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017, p.129-130.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Você crê que Ele te ama? - Brennan Manning


Por causa dos últimos 48 anos, onde fui emboscado por Jesus numa pequena capela no oeste do estado da Pensilvânia, e por causa das milhares e milhares de horas dedicadas à oração, meditação, silêncio e solitude durante esses anos, estou totalmente convencido de que, no dia do julgamento, o Senhor Jesus fará a cada um de nós apenas uma pergunta e nenhuma pergunta mais: “VOCÊ CREU QUE EU TE AMAVA... QUE EU TE DESEJEI...QUE EU TE AGUARDEI DIA APÓS DIA...QUE EU ANSIAVA POR OUVIR O SOM DA SUA VOZ”?
 
Os que verdadeiramente acreditam em Jesus responderão: “Sim, Senhor Jesus, eu cri no seu amor e procurei moldar a minha vida como resposta a esse amor!”.

Mas muitos de nós que somos tão fiéis no ministério, nos costumes e no frequentar a igreja terão de responder: “Francamente, eu não Senhor. Na verdade eu nunca cri; ouvi sim, uns maravilhosos sermões e uns ensinamentos sobre o seu amor e eu até mesmo dei aulas sobre isso. Mas eu pensei que era só um jeito de falar – uma mentirinha amável. Alguns cristãos piedosos até me incentivaram com ‘uns tapinhas’ nas costas”.

E aí está a diferença entre os cristãos verdadeiros e os cristãos nominais que povoam as igrejas de nossa terra. Ninguém como aquele que acredita em Jesus pode mensurar a profundidade e a intensidade do amor de Deus. Mas, ao mesmo tempo, ninguém como aquele que acredita em Jesus pode medir a eficácia com que o pessimismo, a melancolia, a baixa autoestima, o ódio próprio e o desespero nos bloqueiam do Seu amor.

Você percebe como é importante abraçarmos esse fundamento crucial de nossa fé? Porque você só será tão grande quanto o seu próprio conceito de Deus.

Lembram da famosa frase do filósofo francês Blaise Pascal: “Deus fez o homem a Sua semelhança, e o homem, em retribuição, fez Deus a sua imagem”? Tornamos, então, Deus mesquinho, bitolado, rude, legalista, julgador, sem sentimentos, não perdoador e tão odioso como somos todos nós!

Nos últimos anos tenho pregado em muitos lugares e, honestamente, o Deus que me tem sido apresentado é pequeno demais para mim. Porque ele não é o Deus da Palavra, o Deus que se revela através de Jesus, e que neste momento vai até você e diz: "Eu tenho uma palavra pra você - eu conheço toda sua história de vida, todos os esqueletos em seu armário, todos os momentos de pecado, de vergonha, desonestidade e amor degradante que escurecem seu passado. Eu sei que agora mesmo você está com uma fé superficial, uma vida de oração frívola e discipulado inconsistente...

...E minha palavra pra você é esta: EU O DESAFIO A CONFIAR QUE EU TE AMO DO JEITO QUE VOCÊ É, E NÃO DO JEITO QUE VOCÊ DEVERIA SER - PORQUE VOCÊ NUNCA SERÁ COMO DEVERIA SER”.